UNIFRAN obtém patente para estudo sobre disfunção erétil

12/03/2015

A (-)-cubebina, uma molécula natural isolada de sementes secas de Piper cubeba (planta aromática), usada como condimento na Índia e em outros países da Ásia, apresentou potente atividade contra a disfunção erétil. Essa foi a descoberta feita em 2009 pela equipe liderada por Marcio Luís Andrade e Silva, cientista e professor da Universidade de Franca (UNIFRAN), e que acaba de receber a patente do United States Patent and Trademark Office (USPTO), órgão americano que concede o direito exclusivo de explorar comercialmente uma invenção ou descoberta. 

A disfunção erétil é uma doença que atinge 48% dos homens após os 40 anos. Segundo os pesquisadores da UNIFRAN, a molécula natural tem efeito 50% superior e não apresenta os efeitos colaterais apresentados pelos medicamentos comercializados atualmente. 

“Ao longo desses anos, estudamos várias doenças e conseguimos esse resultado fantástico, que poderá mudar todas as características dos medicamentos contra disfunção erétil. Sem os efeitos colaterais causados por outros medicamentos, estamos na iminência de um tratamento ´verde´ contra a doença”, afirma Márcio Andrade. 

A próxima etapa dos pesquisadores é apresentar os resultados a empresas do farmacêuticas para viabilizar a futura comercialização desse medicamento inédito. Fechando o acordo, a molécula passará para o desenvolvimento de formulação e, na sequência, serão realizados os ensaios pré-clínicos e clínicos. “Ainda não foram feitos testes em humanos, apenas em ratos Wistar e in vitro em corpos cavernosos isolados, onde se confirmou a eficácia da nossa molécula e evidenciou sua ação na enzima fosfodisterase 5”, explica Márcio Andrade. 

Os resultados da pesquisa foram avaliados nos últimos 18 meses por diversos de centros de estudos internacionais. Após essa análise, o USPTO considerou o invento extremamente inovador, concedendo a patente à instituição de ensino. Agora, a UNIFRAN pleiteia a concessão da patente na Europa, Japão e Brasil. Além do professor Márcio Andrade, a equipe de estudo é formada pelos pesquisadores Jairo Bastos, Wilson Cunha, Eduardo Nassar, Katia Ciuffi, Paulo Calefi, Rosângela Silva, Ademar Filho, Sérgio Albuquerque e Rodrigo Lucarini.